A Comissão de Relações Exteriores do Senado oficializou a indicação
do escritor escritor paraibano Ariano Suassuna ao Prêmio Nobel de
Literatura de 2012 pelo Brasil, atendendo a uma sugestão do senador
Cássio Cunha Lima. “A vida e a obra de Ariano Suassuna contêm expressão
filosófica que transpõe as limitações temporais e de gerações, atingindo
todos os públicos e transportando-se pelos mais diversos e modernos
meios de comunicação”, enfatizou Cássio no seu pedido.
Ariano Vilar Suassuna, nasceu em João Pessoa no dia 16 de junho de
1927. Ele é um dramaturgo, romancista e poeta brasileiro. É o atual
secretário de assessoria ao governador de Pernambuco, Eduardo Campos.
Com a Revolução de 30, seu pai foi assassinado por motivos
políticos no Rio de Janeiro e a família mudou-se para Taperoá, onde morou de
1933 a 1937. Nessa cidade, Ariano fez seus primeiros estudos e assistiu pela
primeira vez a uma peça de mamulengos e a um desafio de viola, cujo caráter de
“improvisação” seria uma das marcas registradas também da sua produção teatral.
A partir de 1942 passou a viver no Recife, onde terminou, em
1945, os estudos secundários no Ginásio Pernambucano e no Colégio Osvaldo Cruz.
No ano seguinte iniciou a Faculdade de Direito, onde conheceu Hermilo Borba
Filho. E, junto com ele, fundou o Teatro do Estudante de Pernambuco. Em 1947,
escreveu sua primeira peça, Uma Mulher Vestida de Sol. Em 1948, sua peça Cantam
as Harpas de Sião (ou O Desertor de Princesa) foi montada pelo Teatro do
Estudante de Pernambuco. Os Homens de Barro foi montada no ano seguinte.
Em 1950, formou-se na Faculdade de Direito e recebeu o
Prêmio Martins Pena pelo Auto de João da Cruz. Para curar-se de doença
pulmonar, viu-se obrigado a mudar-se de novo para Taperoá. Lá escreveu e montou
a peça Torturas de um Coração em 1951. Em 1952, volta a residir em Recife.
Deste ano a 1956, dedicou-se à advocacia, sem abandonar, porém, a atividade
teatral. São desta época O Castigo da Soberba (1953), O Rico Avarento (1954) e
o Auto da Compadecida (1955), peça que o projetou em todo o país e que seria
considerada, em 1962, por Sábato Magaldi “o texto mais popular do moderno
teatro brasileiro”.
Em 1956, abandonou a advocacia para tornar-se professor de
Estética na Universidade Federal de Pernambuco. No ano seguinte foi encenada a
sua peça O Casamento Suspeitoso, em São Paulo, pela Cia. Sérgio Cardoso, e O
Santo e a Porca; em 1958, foi encenada a sua peça O Homem da Vaca e o Poder da
Fortuna; em 1959, A Pena e a Lei, premiada dez anos depois no Festival
Latino-Americano de Teatro.
Desde 1990, ocupa a cadeira 32 da Academia Brasileira de
Letras, cujo patrono é Manuel José de Araújo Porto Alegre, o barão de Santo
Ângelo.
Membro da Academia Paraibana de Letras e Doutor Honoris
Causa da Universidade Federal do Rio Grande do
Norte (2000).
Em 2004, com o apoio da ABL, a Trinca Filmes produziu um
documentário intitulado O Sertão: Mundo de Ariano Suassuna, dirigido por
Douglas Machado e que foi exibido na Sala José de Alencar.
Em 2002,
Ariano Suassuna foi tema de enredo no carnaval carioca; em 2008, foi novamente tema
de enredo, desta vez da escola de samba Mancha Verde
no carnaval paulista.
Em 2006, foi concedido título de Doutor Honoris Causa
pela Universidade Federal do Ceará, mas que
veio a ser entregue apenas em 10 de junho de 2010, às vésperas de
completar 83 anos. "Podia até parecer que não queria receber a honraria,
mas era problemas de agenda", afirmou Ariano, referindo-se ao tempo entre
a concessão e o recebimento do título.
Ariano Suassuna, é conhecido como um defensor da cultura do Nordeste. Autor de Auto da Compadecida e A Pedra do Reino, obras que foram convertidas em filme e minisérie de sucesso, transmitidos inicialmente em TV aberta (Rede Globo).
Um comentário:
Merece todos os títulos possíveis só pela sua mega, hiper, fabulosa obra O AUTO DA COMPADECIDA.
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